terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Porque quando estou no mercado sou mais feliz...

Adoro mercados municipais. Por quase todos os lugares que ando, reservo algumas horas ou parte do dia, para fazer, o que chamo de "passeio cultural". Nos mercados, podemos encontrar de tudo um pouco, de artesanato a roupa, de chás medicinais a produtos culinários. Mas, bom mesmo, não é o encontrar, bom mesmo, é o descobrir. É esquecer as horas que passam e curtir as horas que parecem parar, diante da delícia de encontrar aquilo que procuramos e nos surpreendermos com aquilo que nem sequer imaginávamos. É preciso uma certa dose de paciência e tempo disponível, sou capaz de ficar horas puxando conversa com o tio que vende doce em calda ou pedir aquela receita "tiro e queda" pra moça da barraca de chás.
- Isso serve pra quê?! Pergunto. E a conversa se encerra depois de longos minutos, com negócio fechado ou com mais informação na bagagem.
Faz parte do passeio conversar com feirantes, ambulantes e toda aquela gente simpática e humilde que vende suas mercadorias em troca do seu pão de cada dia.

Em Aracaju, não foi diferente, separamos parte da manhã para visitar o Mercado Central de lá. Dividido em dois grandes eixos: o Mercado Thales Ferraz, que abriga o mercado de artesanato, (que inclui também a venda de doces, conservas, laticínios, ervas, e uma infinidade de objetos, brinquedos e lembrancinhas para aqueles que desejam presentar parentes e amigo), e o chamado Mercado Antônio Franco, exclusivo para a venda de horti-fruti-granjeiros e carnes (esse, infelizmente, não pude ir, devido à escassez do tempo e em respeito àqueles que estavam comigo, porque se deixar, ...). Formando um grande complexo comercial e cultural, que reúne em um só lugar, história, tradição, artesanato, comidas típicas, e constituindo um grande centro de abastecimento da região.
Há botequins e restaurantes de comida regional concentrados em uma área reservada para a gastronomia local, reduto preferido de boêmios, apreciadores do quadrilátero cerveja gelada-comida caseira-amigos em volta da mesa-música.


Barraca de ervas secas e frescas da Fátima.


O avô do ralador de legumes
(feito de pedaços de madeira, lata de óleo pelo avesso perfuradas com prego), abanadores e lamparinas.


Abridores de garrafa no melhor estilo nordestino.


Cachaça "bizarra" de caranguejo.
Fico só imaginando que gosto isso deve ter...


Comida de botequim: carne guisada servida com farinha de mandioca.
Porque comida de boteco também é cultura...

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