Adoro mercados municipais. Por quase todos os lugares que ando, reservo algumas horas ou parte do dia, para fazer, o que chamo de "passeio cultural". Nos mercados, podemos encontrar de tudo um pouco, de artesanato a roupa, de chás medicinais a produtos culinários. Mas, bom mesmo, não é o encontrar, bom mesmo, é o descobrir. É esquecer as horas que passam e curtir as horas que parecem parar, diante da delícia de encontrar aquilo que procuramos e nos surpreendermos com aquilo que nem sequer imaginávamos. É preciso uma certa dose de paciência e tempo disponível, sou capaz de ficar horas puxando conversa com o tio que vende doce em calda ou pedir aquela receita "tiro e queda" pra moça da barraca de chás.
- Isso serve pra quê?! Pergunto. E a conversa se encerra depois de longos minutos, com negócio fechado ou com mais informação na bagagem.
Faz parte do passeio conversar com feirantes, ambulantes e toda aquela gente simpática e humilde que vende suas mercadorias em troca do seu pão de cada dia.
Barraca de ervas secas e frescas da Fátima.
O avô do ralador de legumes
(feito de pedaços de madeira, lata de óleo pelo avesso perfuradas com prego), abanadores e lamparinas.
Abridores de garrafa no melhor estilo nordestino.
Cachaça "bizarra" de caranguejo.
Fico só imaginando que gosto isso deve ter...
Comida de botequim: carne guisada servida com farinha de mandioca.
Porque comida de boteco também é cultura...
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